Os televisores com acesso à internet, chamados de broadband TV, chegaram ao mercado nacional a aproximadamente um ano. E parece que tanto fabricantes como provedores de conteúdos, perceberam que esse é um mercado essencial para a permanência neste filão cada vez mais disputado. Se UOL, Terra, Picasa, Youtube são parceiros de conteúdos naturais dos fabricantes (afinal, estamos falando de grandes portais de comunicação), a novidade agora fica por conta da movimentação das grandes emissoras de TV para disponibilizar conteúdo para esses aparelhos.
Nesse sentindo, SBT e a Band saíram na frente e fecharam acordo com a Sony para levar conteúdo para os TVs conectados do fabricante a partir de setembro. Em entrevista ao site Tela Viva, a coordenadora do site do SBT, Renata Abravanel, afirmou que a indústria de broadband TV é um degrau essencial para o futuro do entretenimento digital uma vez que sua plataforma permite a entrega rápida de vídeos digitais, trazendo para o aparelho de televisão a natureza on-demand da internet, característica fundamental para atender às necessidades de um público cujo hábito de consumo de conteúdo está em constante transição devido às novas tecnologias.
Segundo Renata, a ideia é disponibilizar toda a programação da emissora em modelo catch-up, em que o conteúdo pode ser visto pouco tempo depois da exibição na TV. A emissora ainda prepara conteúdo exclusivo para a plataforma. Trata-se do "SBT+", programete sobre os bastidores dos programas e eventos da emissora.
Já na Na Band a decisão de distribuir conteúdo pelas TVs conectadas é uma orientação da presidência, para buscar a maior exposição possível dos conteúdos do grupo, no maior número possível de plataformas. Os usuários de TVs Sony com conexão à internet poderão acessar vídeos do portal e-Band, que reune conteúdo da Band e dos outros canais do grupo, o BandNews, o BandSports e o Terra Viva. A TV Globo também trabalha para disponibilizar parte da sua programação para as broadband TVs. O grande obstáculo, no entanto, segundo Raymundo Pereira, diretor de engenharia da emissora em São Paulo, é a exigência da Globo de que seus vídeos sejam acessados com resolução 1080i (HDTV), com a mesma qualidade dos programas ao vivo. Para isso, os fabricantes teriam que adotar uma plataforma que vem sendo trabalhada pela emissora, permitindo que esse conteúdo seja carregado rapidamente com conexões a partir de 1Mbps. “A questão é que cada fabricante adota uma linguagem no seu televisor, o que torna o processo muito complicado”, comentou.
Em junho, durante o painel de Tecnologia da TV Globo em São Paulo, foi possível ver testes desse conteúdo sendo exibido em televisores conectados a internet.
Fonte: Revista Home Theater & Casa Digital e Tela Viva
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