O problema é que são duas tecnologias diferentes: os pixels que compõem as imagens nesses TVs não são formados por leds, os quais só fornecem a iluminação. Seria mais correto chamá-losTVs de LCD com backlight de LEDs.
Não por acaso, são chamadosa luz em estado sólido. Substituem com vantagens as lâmpadas fluorescentes usadas nos TVs e projetores LCD convencionais (também chamadas CCFL, de Cold Cathode Fluorescent Lamp).
Prestam-se, portanto, a melhorar a iluminação traseira dos displays, resultando em imagens mais estáveis e também mais contrastadas. Mas os LEDs são usados também numa nova forma de painel de projeção, bem mais eficiente que os painéis de cristal líquido que hoje dominam o mercado.
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Apesar do termo genéricoTV de LED, nem todos os equipamentos com backlight de leds são iguais.
Atualmente, são usadas duas tecnologias diferentes: na chamada Edge-lit, os leds são montados nas bordas de uma placa difusora de acrílico; na tecnologia que se convencionou denominaLED backlighting com local dimming, os leds são alojados em blocos, imediatamente atrás dos pixels.
Isso permite o controle dinâmico da luminosidade, de forma pontual e tão rápida que os olhos não conseguem detectar. O contraste dinâmico aumenta muito, sanando uma deficiência dos LCDs, que é a incapacidade de bloquear totalmente a luz nas cenas escuras.
A maioria dos novos TVs se utiliza de leds brancos (white leds), mas há também os leds RGB (vermelho/verde/azul), que proporcionam cores mais ricas e realistas.
Além de proporcionar uma gama de cores 50% maior, esses TVs são mais econômicos, com vida útil estimada em 100 mil horas; outra vantagem é que os leds não utilizam mercúrio como as lâmpadas CCFL. Estas apresentam ainda três problemas: necessitam de fonte de alimentação com maior consumo, ocupam mais espaço e, com o passar do tempo, tendem a alterar ligeiramente a coloração das imagens.
Existe uma outra tecnologia que deve revolucionar o mercado de backlight de LEDs. É a chamadaColor Field Sequential Technology, que utiliza como backlight leds nas cores primárias RGB, eliminado a necessidade de filtros ópticos para a geração das cores. Esses filtros representam 25% do custo total do display e consomem até 70% da luz gerada pelos backlight convencionais.
O processo se baseia no chaveamento sincronizado dos leds de acordo com o conteúdo das imagens (semelhante ao Color Wheel dos projetores DLP). Com o sincronismo, consegue-se praticamente triplicar a resolução.
Apenas para ficar mais claro: num LCD convencional, cada pixel é constituído de três sub-pixels (RGB), enquanto nesse outro método cada sub-pixel pode ser utilizado como um pixel, ora iluminado com luz vermelha, ora com verde ou azul. Isso é feito com altíssimas taxas de refresh (renovação da imagem) para que o olho humano não perceba a chamadaquebra das cores (color break-up).
*Artigo publicado originalmente na revista HOME THEATER & CASA DIGITAL