Mais de dez anos após ter se tornado popular em todo o mundo, a tecnologia de plasma enfrenta agora seu maior desafio: sobreviver em meio a uma espécie de “campanha”, na qual tudo (ou todos) quer fazer crer na superioridade dos displays LCD. Mas o plasma, garante a maior parte dos especialistas, está longe do fim.
Um dos fatores que provavelmente mais ajudam a popularizar os TV´s LCD é a familiaridade dos consumidores. Quase todos utilizam monitores LCD em seus escritórios, ou em notebooks, e muitos estão trocando seus velhos displays de tubo em casa por finíssimos modelos LCD para uso com seus computadores. Convencer essas pessoas a adotarem LCDs também na sala de home theater não parece ser muito difícil.
Essa familiaridade representa muito para as pessoas. Diante da escolha entre uma tecnologia que já conhecem e outra da qual têm pouca informação, a maioria irá preferir a primeira opção. Além disso, as lojas continuam causando grande prejuízo ao plasma, pela forma como expõem seus TVs. Ajustando-os para taxas de brilho e contraste exageradas, e até ridículas, os lojistas passam a idéia de que os LCDs são infinitamente superiores aos plasmas, que refletem a luz ambiente com maior intensidade.
Em toda a Europa, deve entrar em vigor nos próximos meses uma legislação proibindo a venda de aparelhos com alto consumo de energia e exigindo que os fabricantes identifiquem claramente nas embalagens quanto cada produto consome. Com as intensas campanhas públicas, é pouco provável que a maioria dos consumidores aceite comprar esse tipo de aparelho.
Nos EUA tambem estão sendo tomadas medida para baixar o consumo de energia, certo modelos de lâmpadas serão tiradas do mercado e os televisores estão na próxima mira do governo. com certeza sera criado o selo de consumo de energia nos próximos anos, seria uma medida certa e justa, assim os fabricantes teriam que se enquadrar nas normas para poder vender.
Mas toda essa pressão não significa que a tecnologia de plasma esteja morta, nem mesmo perto disso. O recente anúncio de que a Pioneer suspendeu a fabricação dos elogiados TV´s Kuro causou grande repercussão, mas o fato é que essa empresa tinha apenas 5% de participação no mercado mundial de plasmas. LG, Samsung e a líder Panasonic continuam produzindo plasmas normalmente, e são capazes de criar novos TVs com melhor qualidade e a custos mais acessíveis. O único problema é que, para se manterem no mercado, terão que tomar algumas providências.
A primeira delas seria promover uma grande campanha de esclarecimento da opinião pública mundial, para desfazer os mal-entendidos que giram em torno da tecnologia. Os TVs de plasma não queimam mais a imagem como antigamente (o famoso efeito burn-in), que era resultado do uso contínuo de videogames e outros tipos de conteúdo estático.
Os fabricantes precisam ainda trabalhar em conjunto com os revendedores para que a exposição dos plasmas nas lojas seja melhor. Os ambientes devem ter pé-direito mais baixo, luzes dimerizadas e acentos adequados para que os clients possam fazer as devidas comparações. E convém usar a alta qualidade de imagem do Blu-ray para demonstrar como os filmes se saem melhor num plasma.
Fonte : AUDIO/VIDEO REVOLUTION
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