· Som agradável aos ouvidos, com graves, médios e agudos equilibrados, sem provocar cansaço auditivo;
· Identificação clara dos sons dos filmes (diálogos, música e efeitos);
· Envolvimento sonoro, como se o ouvinte fosse transportado para dentro da cena;
· Pouca ou nenhuma distorção quando o volume aumenta de repente (numa explosão, por exemplo);
· Graves precisos, não abafados, se espalhando pela sala de modo uniforme e realçando o impacto dos efeitos sonoros;
As características acima são o sonho de todo usuário de caixas acústicas. Mas, se você não pode (ou não pretende) investir em caixas de padrão high-end; nem quer se arriscar com modelos compactos e/ou baratos demais, as caixas bookshelf podem ser a solução que você procura. Em geral, elas se dão bem na maioria dos ambientes: ocupam pouco espaço e podem proporcionar uma qualidade de áudio bem próxima das caixas torre – que são, ainda, a melhor referência no assunto.
Hoje em dia, há uma forte tentação de se procurar os sistemas integrados de home theater, que vêm com 5 ou 7 caixas já combinando com o DVD e o receiver. Mas, em geral, seu desempenho não se compara ao das caixas escolhidas a dedo para o ambiente. Cada sala possui características específicas, e cada usuário tem seu gosto, de modo que para ter um ótimo sistema é preciso harmonizar os diversos componentes.
Medindo entre 22 e 60cm de altura, as caixas bookshelf têm esse nome porque são desenhadas para caber em móveis ou estantes – embora, na maioria dos casos, seu desempenho cresça quando montadas em pedestais. Antes da escolha, é recomendável examinar a caixa acústica visualmente. Acabamento, tipo de construção, materiais empregados, tudo isso conta muito. Mostra o cuidado do fabricante.
O gabinete de madeira (ou pelo menos em MDF) indica capricho no projeto da caixa, pois sabe-se que esse material continua insubstituível na reprodução sonora. Recentemente, alguns fabricantes passaram a utilizar plástico ABS de alta rigidez, para modelos bookshelf e até os do tipo torre, e vêm conseguindo melhorar o desempenho. O diâmetro e o acabamento do alto-falante de graves (woofer) mostram se a caixa tem condições de produzir graves firmes e controlados. Quanto melhor o acabamento dos falantes, melhor o padrão da caixa. Rigidez e firmeza dos conectores são outros pontos que devem ser levados em conta.
A maioria das caixas bookshelf à venda no Brasil aceita potências entre 70W e 125W, o que dá conta de uma sala de tamanho médio (até 30m2). Mas a potência é apenas um parâmetro, que deve ser casado com a potência de saída do receiver (ou amplificador). Se a especificação diz que a potência admissível da caixa é de 100W, ela não deve ser usada com um receiver que libere muito mais do que isso em cada canal, o que provocaria distorções no som e até a queima dos falantes.
Mas o contrário às vezes funciona: um receiver de baixa potência pode ser usado com caixas de potência mais alta, desde que estas tenham boa sensibilidade (acima de 90dB). E nunca é demais repetir: potência alta significa apenas mais volume (ou pressão sonora), não necessariamente melhor qualidade de áudio.
Regra geral, caixas bookshelf devem ficar a uma altura de aproximadamente 1m20 do chão, de preferência montadas sobre pedestais firmes, pois estes absorvem as vibrações dos alto-falantes (alguns fabricantes de caixas produzem também os pedestais, já desenhados para acompanhá-las). Caso não haja espaço para isso, as caixas podem ser instaladas em nichos no móvel, ou sobre o rack que acomoda os demais aparelhos. Neste caso, é bom observar a rigidez do rack, que precisa suportar com folga o peso de todos os equipamentos. Importante, em qualquer caso, é que a caixa não fique “espremida” no móvel, entre livros e outros objetos que abafem e/ou dificultem a dispersão do som; deixe livres pelo menos 10cm de cada lado da caixa.
Independente de adotar rack ou pedestal, você deve observar bem as distâncias entre as caixas acústicas de seu home theater para obter delas o melhor rendimento. Um sistema básico (5.1 canais) é composto de cinco caixas mais subwoofer. O posicionamento correto exige uma distância de pelo menos 2 metros entre as caixas frontais direita e esquerda, com a central colocada exatamente no meio das duas, junto ao TV. Essas três caixas reproduzem os sons mais importantes do filme, que são direcionados para a área central do ambiente. O mau posicionamento implica em perda significativa do chamado palco sonoro, que é o que dá a sensação de envolvimento.
A mesma noção de posicionamento vale para as caixas traseiras, mas com uma diferença: estas servem para dar a ambientação dos efeitos surround dos filmes, que são mais difusos do que os sons principais, concentrados na área frontal da sala. Por isso, em alguns casos admite-se que as caixas surround fiquem em posição mais alta (a 1m60 do piso), ou até nas paredes laterais (caso dos modelos chamados dipolares).
Como no caso da potência, as especificações fornecidas pelos fabricantes servem apenas de referência sobre o desempenho de uma caixa acústica. Mas devem ser lidas com cuidado. A mais importante especificação é a chamada resposta de freqüência, que determina a variedade de sons (graves, médios e agudos) que a caixa é capaz de reproduzir. No caso das bookshelf, essa variação fica na faixa entre 40Hz e 20kHz (ou 20.000Hz), que teoricamente é o som mais agudo que o ouvido humano consegue captar. Só que, na prática, raríssimas caixas cobrem toda essa gama de freqüências. Na especificação, o fabricante deve informar qual foi o nível de distorção medido durante os testes. Admite-se até 3dB de distorção (para mais ou para menos), ou seja, o som emitido pela caixa baixou no máximo 3 decibéis ao atingir as extremidades do espectro sonoro. Isso significa que a reprodução foi homogênea: não houve grandes variações na reprodução dos graves, nem dos médios e dos agudos.
ALGUMAS MARCAS À VENDA NO BRASIL* |
MARCA | SITE ORIGINAL | DISTRIBUIDOR |
BSA | ||
BOSTON ACOUSTICS | ||
B&W | ||
CABASSE | ||
DEFINITIVE TECHNOLOGY | ||
JAMO | ||
PARADIGM | ||
POLKAUDIO | ||
PSB | ||
PURE ACOUSTICS |
*Fabricantes de caixas bookshelf que têm distribuição oficial no País
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