Novas Tv's tecnologia total

Dá a impressão de que todos os modelos são muito parecidos, o que dificulta ainda mais a escolha. Os TVs top-de-linha podem até ser semelhantes no visual. Mas suas funções estão mudando: aos poucos, deixam de reproduzir apenas filmes e programas de TV e começam a exibir vídeos, fotos, músicas e até conteúdos da internet. Revelam, portanto, sua vocação para se tornar verdadeiras centrais de entretenimento.

Você sabia que no Brasil já existe TV que acessa a web sem precisar de computador? Ou que grava imagens da TV digital em seu próprio HD interno? Ou consegue exibir fotos do computador sem a necessidade de fios?

Abaixo alguns exemplos de novas tecnologias dos tv´s que se tornaram uma central de entretenmento.

TVs QUE GRAVAM EM HD

Lançada em 2006, a linha de TVs Time Machine, da LG, inovou com o HD interno. Com essa memória, semelhante à de um computador, o usuário ganhou a possibilidade de gravar e armazenar programas no próprio TV. Pode-se até fazer agendamento prévio de seriados e novelas, por exemplo, e pausar as transmissões ao vivo (enquanto a cópia continua em andamento no HD).

A nova linha Time Machine Digital, que acaba de chegar às lojas, incluem o conversor integrado de TV Digital. Você pode assistir aos programas exibidos em alta definição e também gravá-los no TV. A memória interna aumentou de 80Gb para 160Gb, ou seja, os novos TVs são capazes de armazenar até 13 horas de programas em alta definição ou 45 horas de conteúdo analógico (transmissões convencionais). Dá até para fazer uma cópia de segurança (backup) do material gravado, para um HD externo.

Fernanda Summa, da área de TVs da LG, afirma que esses recursos atraem muito o consumidor. “Fizemos uma pesquisa recente com os usuários da linha Time Machine no Brasil e descobrimos que 76% utilizam o recurso de gravação diariamente.” Isso explica, por exemplo, certos ajustes no menu, que foram feitos pensando no público brasileiro. “Somente os modelos voltados para o Brasil aceitam programações semanais, o que facilita a gravação das novelas.”

FOTOS E MÚSICAS NA TELA GRANDE


Você já conhece a tecnologia DLNA (Digital Living Network Alliance)? Os televisores com esse recurso podem reproduzir fotos e músicas armazenados em notebooks e outros aparelhos compatíveis com a mesma função.

Você pode ligar o TV ao PC via rede cabeada, mas o mais legal é uma rede sem fio com roteador WiFi, dispensando os cabos. Fizemos a experiência em nossa sala de testes com um TV Full-HD Sony de 46” série Z e um notebook Vaio. Após a instalação do programa Vaio Media Plus no computador, conseguimos reproduzir fotos diretamente no televisor pela nossa rede sem fio.

Aos poucos, vem aumentando a oferta de TVs com a tecnologia DLNA. A Sony conta com três modelos, e a Samsung acaba de lançar outros três. As duas empresas prometem ampliar as opções no segundo semestre.

Além dos TVs, aumenta também a oferta de notebooks com DLNA, capazes de enviar as fotos e músicas para o TV sem necessidade de fios. Testado recentemente por nossa equipe, o celular Sony Ericsson C905 é o primeiro do mercado com esse recurso.

O usuário consegue visualizar fotos na tela grande e até comandar funções básicas dos televisores, usando as teclas do celular. Por exemplo, trocar de canal e aumentar o volume. Ou seja, o celular se transforma num controle remoto básico do TV.

Os três TVs da Sony com DLNA trazem ainda a conexão Digital Media Port. É ela que permite escutar as músicas armazenadas em iPods, players Walkman e celulares da Sony Ericsson diretamente no televisor. Para isso, é preciso adquirir um adaptador (dock) vendido separadamente. Dica: conectando o TV ao receiver, a reprodução do áudio fica ainda melhor.

TV COM INTERNET

Quase simultaneamente à chegada dos players Blu-ray com acesso ao YouTube, a Samsung apresenta os três primeiros TVs de LED que também acessam conteúdos da web. “Hoje, a busca por soluções multimídia está em alta, já que o usuário quer interagir cada vez mais com as diversas tecnologias”, declara José de Lima, da Samsung.

A função Media 2.0 permite, por exemplo, acessar informações atualizadas sobre esportes, previsão do tempo e trânsito, além de cotações financeiras, através de um serviço especial a ser disponibilizado pela Samsung.

O mesmo cabo de rede que leva essas notícias para a tela do TV também é utilizado na reprodução de vídeos do YouTube. “O usuário pode ver os arquivos do YouTube que estiverem armazenados em sua lista de favoritos sem precisar de um computador”, garante Lima (veja este vídeo).

Os novos TVs também são compatíveis com a tecnologia DLNA e trazem uma biblioteca de conteúdos armazenados em memória flash (e que poderão ser atualizados no futuro). São galerias de imagens com quadros de pintores famosos, jogos, dicas de culinária e programas de ginástica.

E vêm equipados com entrada USB 2.0, para ligar pen-drives com vídeos e fotos, que são apresentados no próprio televisor. Por enquanto, essas inovações são exclusivas dos TVs de LED, que são mais caros, mas a Samsung promete lançar em breve plasmas e LCDs com acesso à web.

IMAGENS SEM RASTROS


O desempenho dos TVs LCD na reprodução de imagens com movimento vem desafiando os principais fabricantes. Na realidade, o melhor rendimento do televisor durante seqüências de ação dos filmes ou competições esportivas está diretamente associado à chamada taxa de renovação da imagem.

Na maioria dos televisores LCD, a taxa é de 60Hz. Quanto mais alta essa freqüência, maior será o detalhamento da imagem, especialmente nas cenas com muito movimento, que se tornam mais suaves e naturais. Os TVs com taxa de 120Hz utilizam o dobro de quadros dos outros LCDs para a formação das imagens, eliminando rastros e interferências, por exemplo, em videogames, cenas de perseguição ou corridas de F-1.

Vários fabricantes investem nessa tecnologia, cujo nome varia de acordo com a marca. A Sony fala em MotionFlow, a Samsung em Auto Motion Plus, a LG em TruMotion e a Philips em Clear LCD. As duas primeiras já têm em linha TVs com taxa de atualização de 240Hz, quatro vezes mais alta que a da maioria dos LCDs.

por Eduardo Bonjoch


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