Consumo pode bater recorde em 2010


As projeções econômicas para este ano no Brasil têm sido muito otimistas. Mas talvez a mais importante delas seja a de que o consumo médio das famílias brasileiras irá crescer

bem acima dos outros indicadores. É o que diz estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgado esta semana. O economista-chefe da instituição, Carlos Thadeu de Freitas, diz que as famílias estão com elevada capacidade de endividamento e aquisição de bens de consumo duráveis.
Segundo Freitas, citando dados do IBGE, o consumo das famílias, que chegou a 64% do PIB em 2000, caiu a 61% em 2008, e deve ter permanecido nesse nível em 2009 - os dados finais serão conhecidos em março; mas vai crescer 8% em 2010, acima da variação prevista para o PIB, entre 5% e 6%. "Estamos entrando agora num novo ciclo favorável de expansão do consumo, como o que ocorreu depois do Plano Real, mas agora a expectativa é de que esse ciclo seja mais longo."
Essa expansão bate com um novo estudo divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, que aponta as economias emergentes - como a brasileira - como pilares da recuperação econômica global. Com taxa de crescimento de 2 milhões de novos usuários por dia, em todo o mundo, o celular é o "agente da mudança", segundo o Fórum. “As oportunidades abertas para melhorar as condições de vida dos mais pobres são enormes”, diz o “Oportunidade de escala: Tecnologias de Comunicação e Informação para Inclusão Social”.
O texto destaca que as economias emergentes já representam 80% dos assinantes móveis de todo o mundo. Somados, África, Brasil, China e Índia respondem por mais de 300 milhões de novas assinaturas nos últimos 12 meses. A instituição argumenta que, para ter o impacto desejado, o acesso à mobilidade deverá vir acompanhado do acesso à internet. “Menos de 10% dos cidadãos de economias emergentes têm acesso à internet, valor abaixo da média mundial de 23%. A oportunidade para conectar os desconectados é extraordinária”.
Para a entidade, os próximos bilhões de assinantes móveis representam US$ 2,3 trilhões em gastos anuais. “São oportunidades potenciais para fabricantes, consumidores e empreendedores”, conclui o documento.
FONTES: O Estado de S.Paulo e IDG Now