Fabricantes de cabos apostam na criatividade

Enquanto a maior parte dos consumidores improvisa, os fabricantes nacionais de cabos e conectores para equipamentos eletrônicos usam a criatividade para se adaptar às novas normas fixadas pelo Inmetro. A empresa paulista GR Savage, por exemplo, que produz filtros e condicionadores de energia, lançou novos tipos de cabos AC e blocos de tomadas em seus produtos.
 “Vamos manter durante algum tempo os dois tipos de tomadas na saída dos aparelhos, até que os consumidores tenham um esclarecimento maior quanto à Norma”, explica Luiz Eduardo Freire, diretor da empresa. Segundo ele, a Savage decidiu incluir um adaptador homologado para corrente de 20A em todos os filtros e condicionadores de energia que tiverem o cabo AC no novo padrão, sem repasse de custos ao consumidor. “O usuário poderá ligar o produto GR Savage à sua tomada antiga, ou ligar um equipamento com padrão novo à tomada 2P+T presente em nosso condicionador”.
   Pelos planos da Savage, a adoção total ao novo padrão do Inmetro será feita gradualmente em todos os modelos, conforme os estoques. Outro fabricante de acessórios elétricos para áudio, vídeo e informática, a SMS, lançou no mercado dois tipos de adaptadores. Embora a ABNT não recomende essa solução, a falta de informação está levando grande parte dos consumidores a optar por esses acessórios.
O problema é que é a grande oferta de produtos não homologados no País, o que pode colocar em risco uma instalação doméstica. Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a mudança no padrão de plugues e tomadas continua causando transtornos, principalmente entre usuários de aparelhos de informática. Nestes, há necessidade de adaptadores para filtros de linha ou no-breaks no padrão antigo ou no padrão americano (dois pinos chatos e um cilíndrico), mais difíceis de encontrar.  
Consultado, o Inmetro reconheceu o transtorno, alegando ser comum num momento de mudança como esse. Mas as lojas que continuarem vendendo tomadas antigas, ou adaptadores não homologados, poderão até ser fechadas. “Haverá uma forte fiscalização por parte da Polícia e Receita Federal nos portos de todo o País”, garante o chefe da divisão de avaliação da conformidade do Inmetro, Gustavo Kuster. “No mundo inteiro, há 239 empresas certificadas para produzir o novo padrão, além de 780 modelos certificados. Também está proibida a entrada de tomadas de outros padrões no País. Como o padrão americano, um dos mais usados”. 
 Fonte: O Estado de S.Paulo e

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