Depois de quase irem à Justiça devido ao desacordo sobre a fusão anunciada em dezembro, o grupo Pão de Açúcar e a Casas Bahia, maior rede varejista do País, voltaram a se entender nos últimos dias. O contrato que havia sido assinado está sendo reescrito para incluir cláusulas exigidas pela família Klein, dona da Bahia.
O principal item desse novo acordo é uma compensação financeira de R$ 1 bilhão, a ser injetada pelo Pão de Açúcar na nova empresa. Esse valor, segundo os Klein, corresponde a uma reavaliação do patrimônio da rede, que teria sido sub-avaliado nas primeiras negociações. Segundo fontes ligadas à família, as negociações avançaram em pontos importantes, mas ainda podem levar pelo menos mais duas semanas para serem concluídas.
Esta semana, durante teleconferência para divulgação de resultados do grupo, o presidente do conselho de administração, Abílio Diniz, confirmou que os principais pontos de divergência foram solucionados. “Nos pontos mais relevantes, acho eu, nós já chegamos a um acordo. E vamos conseguir superar todas as divergências”. Além da reavaliação do patrimônio, os Klein devem ficar com R$ 100 a R$ 200 milhões em recebíveis (compromissos de pagamento futuro).
Um novo acordo de acionistas prevê que o poder será compartilhado e que os Klein terão direito a veto nas decisões, outro ponto que havia gerado descontentamento na família. Além disso, no contrato assinado em dezembro não havia referência à forma como ocorreria a venda das ações dos Klein na nova empresa. Agora, a família poderá vender sua participação pela Bovespa, onde as ações da Globex (união de Ponto Frio, Eletro e Casas Bahia) são negociadas.
Fontes: O Estado de S.Paulo e Valor Econômico
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