A direção da Philips anunciou ontem o fechamento da fábrica de lâmpadas automotivas no bairro do Curado, no Recife, a ser efetivado em 12 de dezembro. Com isso, a empresa encerra a atividade no Brasil e passa a atender o mercado brasileiro com lâmpadas fabricadas em suas unidades no exterior.
Custos altos de produção, impactos da crise mundial no setor automotivo e demanda por produtos com maior eficiência energética influíram na tomada de decisão, de acordo com a empresa holandesa.
"Essa decisão nos dará maior efetividade e eficiência logística no atendimento dos nossos consumidores em todo o mundo", afirmou a empresa, em nota. "A infraestrutura da Philips global, com fábricas na Ásia e Europa, irá assegurar a continuidade do abastecimento de lâmpadas automotivas para o Brasil, sem interrupção no fornecimento."
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal), Alberto Alves, cerca de 500 trabalhadores - entre diretos e indiretos - devem ser demitidos. Para reduzir o impacto, o sindicato negocia com a empresa a requalificação profissional dos funcionários no setor metalomecânico. O sindicato já previa a decisão. "Eles vão migrar para a China", resumiu Alves.
Na nota, a direção da Philips destacou a demanda por produtos "com maior eficiência energética, estimulada por medidas do governo e dos consumidores com vistas ao combate ao aquecimento global, o que acelera a transformação das tecnologias ineficientes por outras mais eficientes".
Afirmou não estar imune a estas tendências e destaca o seu compromisso com o Brasil, "um dos principais mercados para o plano estratégico de crescimento da nossa companhia globalmente".
Observou que tem feito investimentos constantes no País, a exemplo de mais de US$ 300 milhões na aquisição de empresas na área de equipamentos médicos, investimento na fabricação de luminárias profissionais e de consumo, fabricação de telas de cristal líquido e produção de barbeadores , telefones e sistemas de som para automóveis.
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