Americanos começam a entrar no mundo 4G

As quatro maiores operadoras telefônicas dos EUA já confirmaram que em breve começam a operar redes sem fio de quarta geração. E, na CES 2011, cujos participantes enfrentam grandes problemas de comunicação devido à lentidão das redes 3G sobrecarregadas (leia mais detalhes aqui), o assunto acabou ganhando grande destaque porque vários fabricantes de smartphones estão demonstrando os benefícios do novo tipo de conexão.

Em parcerias com as grandes operadoras (Verizon, Sprint, T-mobile e AT&T), fabricantes como Motorola, HTC, LG, Samsung e RIM estão fazendo sucesso entre os visitantes da CES com seus avançadíssimos aparelhos. Todas prometem colocá-los nas lojas nos próximos meses (o Brasil ainda depende de uma regulamentação da Anatel para poder usar redes 4G). O sistema preferencial adotado nos EUA será o chamado LTE (Long-Term Evolution), que rivaliza com o WiMax em termos de alcance e confiabilidade. A conexão 4G será essencial para o bom uso dos tablets que a partir de agora irão disputar mercado com o iPad.

“Precisamos de redes de alta velocidade espalhadas por todo o País”, comentou Jeff McDowell, diretor da RIM, ao apresentar na quarta-feira o PlayBook, versão tablet do famoso Blackberry, que será vendido pela operadora Sprint. Pelo menos na demonstração, o aparelho mostrou rapidez para navegar na internet e acessar conteúdos pesados, inclusive vídeos em Flash (que o iPad não roda). Pesando apenas 400 gramas, o PlayBook tem tela igual à do Galaxy Tab, da Samsung (7″), outro concorrente da Apple.

Com velocidades de até 20megabytes por segundo (contra picos de 1Mbps das redes 3G), a tecnologia 4G é considerada ideal no mundo da alta definição e dos vídeos 3D. Todos os fabricantes expondo na CES garantem que apostam na sua implantação para viabilizar o sucesso comercial de seus aparelhos. Um deles é a Motorola, que lançou aqui o tablet Xoom (foto) e o smartphone Atrix, ambos compatíveis com 4G e funcionando no sistema operacional Android, da Google. Sanjay Jha, CEO da Motorola, acha perfeitamente possível oferecer os dois aparelhos ao consumidor. “Cada um tem sua aplicação própria. Não queremos mais ficar enchendo nossos aparelhos de recursos que às vezes a pessoa não usa. Ambos serão um sucesso”.

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