Microsoft e Skype: como a fusão pode beneficiar as empresas

O negócio vai causar um impacto principalmente nas companhias que usam sistemas de comunicações unificadas.

Por CIO/EUA

À primeira vista, a aquisição da Skype pela Microsoft por 8,5 bilhões de dólares parace ser uma jogada para o mercado consumidor, visando trazer benefícios para o Windows Live, Windows Phone 7 e o sistema Xbox Kinect. Ou então um movimento bastante caro de evitar que o Google comprasse antes.

Na verdade, é um pouco das duas coisas, de acordo com analistas da indústria, mas a fusão também vai causar um impacto em usuários empresariais, principalmente aqueles que usam sistemas de comunicações unificadas como parte de seu trabalho diário.

Além de aprimorar os recursos de telefonia do Microsoft Outlook e a plataforma de comunicações unificadas Lync, a compra da Skype dá à Microsoft uma arma importante no movimento de "consumerização de TI" e abre a videoconferência para mais do que simplesmente colegas de trabalho. A opinião é do vice-presidente de pesquisas da Forrester, Ted Schadler.

Outro analista da Forreter, Charles Golvin, afirma que a Microsoft não terá facilidade para gerar receita com a compra da Skype, mas conseguirá usar a tecnologia para derrubar barreiras de comuniação nas empresas. "E-mail, mensageria instantânea e voz estão-se tornando um rio de comunicações. Com a união entre Skype e Microsoft, o mundo dos negócios e dos consumidores irão convergir", avalia.

Então, antes de classificar a aquisição do Skype como algo pensado apenas para consumidores finais, as empresas devem observar os movimentos de perto e considerar três questões.

A vitória da consumerização
Não é segredo que o Skype é o queridinho e 600 milhões de usuários em todo o mundo, mas também é uma marca símbolo da consumerização. É uma tecnologia híbrida que as pessoas usam para realizar chamadas de vídeo para familiares próximos, que também ajuda na execução mais efetiva de seus trabalhos. "Consumerizaçaõ de TI nada mais é do que as pessoas usando ferramentas domésticas para cumprir com atividades de trabalho", opina Schadler.

Enquanto isso, Google e Apple possuem marcas fortes no movimento da consumerização, mas a Microsoft não tinha - até então. E ainda tem o bônus de eliminar as chances de Google ou Cisco comprar o Skype.

Mais um serviço na nuvem da Microsoft
Com o Skype, a Microsoft tem outro serviço na nuvem para vender junto com o Office 365 e a plataforma Azure. A Microsoft precisa arranjar meios de gerar receita rapidamente com seus serviços em nuvem. Isso pode envolver um avanço rápido na ferramenta para usuários corporativos como forma de buscar sua rápida monetização. "É verdade que o Skype não conseguiu gerar muito dinheiro seus serviços para empresas, mas a Microsoft tem mais poder de investimento e mais clientes para alcançar isso."

Mais atividades de videoconferência que o departamento de TI pode controlar
Com a plataforma Lync, usuários corporativos podem usar mensageria instantânea, voz, video chamadas e reuniões via web, mas só com outros funcionários da empresa ou de companhias parcerias que também usam o Lync.

O Skype pode abrir um gateway gerenciável pela TI, permitindo que as conexões sejam as mais diversas possíveis, atingindo clientes, parceiros e amigos da empresa.

Segundo Schadler, já dá para fazer isso usando o Skype, mas sem o controle do departamento de TI. Um gateway do Lycn para o Skype permitirá que a área controle videoconferência entre diferentes de tecnologias de videoconferência de forma eficiente.

Fonte : UOL

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