Análise: Google finalmente mostra o que ser mau significa


O Google, que fica em Mountain View, na Califórnia, anunciou a compra da Motorola nesta semana. Foto: AFP

O Google, que fica em Mountain View, na Califórnia, comprou a Motorola por US$ 12,5 bilhões
Foto: AFP

Para dezenas de analistas, principalmente os que fazem parte da companhia, o Google nunca esteve tão forte como quando no atual comando do CEO Larry Page. Para as outras empresas de tecnologia do mundo, o gigante das buscas está mostrando o real significado da palavra maldade.
O site Business Insider apontou uma série de movimentos do Google que comprovam este ponto de vista que brinca com a famosa frase atribuída à empresa, o "don't be evil", ou, em português, algo como "não seja mau". A companhia comprou a Motorola por US$ 12,5 bilhões para entrar no mercado de celulares e concorrer com os próprios parceiros de Android, a LG e a Samsung. Além disso, a empresa mudou os algoritimos das buscas sem aviso prévio, mudando a ordem dos resultados, e transformou o Google+ em um ataque frontal e claro ao maior site de rede social do planeta, o Facebook.
Em outras palavras, o gigante tem causado dor de cabeça nos concorrentes, ou colegas de mercado. Para o pesquisador e ativista social Aaron Swartz, a definição de "maldade" do Google é bastante clara e tem foco nos usuários, e não nos concorrentes. Ele citou três exemplos desta situação: o Google somente mostra anúncios relevantes, nunca mostra pop-ups e jamais vende resultados de busca.
Como o Google vê, as jogadas envolvendo o mundo dos smartphones tem como objetivo deixar o Android, o sistema operacional da companhia, melhor para o usuário. A mudança de algoritimos nos resultados da busca tem a intenção de "apagar" os resultados de má qualidade ou pobres da lista, melhorando a performance da ferramenta para o usuário. Criar uma rede social dá a possibilidade ao Google de ter acesso a dados dos usuários e de conhecê-los melhor, o que torna a Google mais eficaz para os usuários.
Às vezes, a linha de separação entre fazer o melhor para o usuário e ser "mau" com eles e com os concorrentes fica confusa e, por vezes, acaba por não existir. E é com esse pensamento que o Google ganha e se fortalece a cada dia não só como um gigante de buscas, mas também como um "monstro da tecnologia" - no melhor sentido que a expressão pode ter.
Fonte : TERRA

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