Logo após assumir como presidente-executivo da Sony Corporation, Kazuo Hirai apresentou ontem a estratégia para recuperar a empresa, que terá como base os dispositivos eletrônicos moveis: celulares, videogames e câmeras, além de uma divisão de equipamentos hospitalares com vendas anuais de 1,2 bilhão de dólares.
Além de anunciar investimentos em novas áreas, o presidente deverá promover o corte de cerca de 10 mil postos de trabalhoem todo o mundo no atual ano fiscal, na tentativa de reverter os fortes prejuízos que a empresa vem sofrendo, decorrentes principalmente da unidade de televisores.
Hirai, que substituiu Howard Stringer este mês, dobrou a projeção de prejuízo anual da Sony, para o recorde de 6,4 bilhões de dólares, e está sob intensa pressão para resolver os problemas da deficitária divisão de televisores, em meio à crise vivida pela companhia que vem sofrendo graves derrotas diante da Apple e da sul-coreana Samsung Electronics.
A Sony e outras fabricantes japonesas de televisores, como Sharp e Panasonic, vêm sendo prejudicadas por fatores como demanda fraca, concorrência maior e iene mais forte, tornando as exportações menos competitivas.
As três empresas devem anunciar prejuízo combinado superior a 21 bilhões de dólares para o ano fiscal encerrado em 31 de março, o que supera o valor de mercado da Sony, que diminuiu em mais de 20% no último mês.
A Samsung tem valor de mercado dez vezes mais alto, e a Apple, que executivos da companhia japonesa consideraram adquirir nos anos 90, hoje vale 30 vezes mais que a Sony.
Além da demissão de 10 mil funcionários, ou 6% do quadro mundial da empresa, a Sony afirmou que irá contabilizar provisão de 75 bilhões de ienes (926 milhões de dólares) para reestruturação no ano fiscal até março de 2013.
Fonte: Reuters e Sony
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