Para se recuperar, Vivendi pode vender GVT, dizem fontes


A Vivendi está considerando vender a operadora brasileira GVT em uma operação que poderá ajudar as ações do grupo francês a recuperar terreno após uma queda contínua no preço de suas ações. Foi o que afirmaram à Reuters fontes com conhecimento do assunto.
Analistas estimam que a GVT vale entre 7 bilhões e 8,5 bilhões de euros (até 10,42 bilhões de dólares). A avaliação da Vivendi ocorre depois que as conversas iniciais para se desfazer da unidade de videogames Activision Blizzard não avançaram por não atingir os valores buscados pelo grupo francês, afirmaram as fontes.
A Vivendi assumiu o controle da GVT em novembro de 2009 por 2,9 bilhões de dólares, quando sua oferta de 56 reais por ação da operadora superou a proposta de 50,5 reais feita pela Telefônica, que considerava a empresa como essencial para sua estratégia no Brasil. "Uma venda da GVT não é mais um tabu e agora está sendo considerada internamente", disse uma das fontes. Um porta-voz da Vivendi em Paris afirmou apenas que o grupo não comenta rumores e o representante da operadora brasileira não se pronunciou sobre o assunto.
A GVT registrou no primeiro trimestre crescimento de mais de 30% em sua receita, após um forte avanço nas linhas em serviço. A Vivendi, avaliada em 20,5 bilhões de euros, é liderada pelo presidente do conselho de administração, Jean-Rene Fourtou, de 72 anos, depois que o longevo presidente-executivo Jean-Bernard Levy deixou a empresa no final de junho após desentendimentos com o conselho sobre como reestruturar o grupo.
A Vivendi agora se virou para a GVT como candidata à venda, em um momento em que procura reduzir suas participações no setor de telecomunicações, considerado agora por Fourtou como muito arriscado e intensivo em capital. A informação partiu de duas das fontes, que estão familiarizadas com a estratégia da companhia.
Os potenciais interessados na GVT incluem Telefônica e Oi, bem como Telecom Italia, via sua unidade TIM Brasil. A América Móvil, que controla as operadoras Claro, Net e Embratel, também pode mostrar interesse, apesar de uma fonte do setor bancário ter afirmado que tal aquisição poderia gerar preocupações em autoridades de defesa da concorrência.
Fonte: Reuters - revista Home Theater

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