Voluntários farão medição das velocidades de banda larga



Um grupo de voluntários, organizado pela Anatel, será encarregado de executar o plano de medição da qualidade dos serviços de banda larga no Brasil, a partir de novembro. Nesta quarta-feira, a Agência informou já ter despachado para três estados (São Paulo, Rio e Minas Gerais) os aparelhos de medição, cujo funcionamento está previsto para começar no próximo dia 31 de outubro; os primeiros balanços sobre o serviço prestado pelas operadoras deverão ser divulgados em dezembro.
Os três estados foram escolhidos, segundo a Anatel, por reunirem o maior número de voluntários inscritos no programa de medição que já realizaram o teste de velocidade de suas próprias conexões. A Agência elaborou um plano nacional, distribuindo os voluntários por estado, por operadora e também por faixa de velocidade contratada. Com isso, será possível medir o serviço de banda larga de acordo com cada perfil de usuário. Ao todo, serão selecionados 12 mil voluntários, a partir de uma base de dados estimada em 120 mil inscritos.
Ainda segundo a Anatel, os usuários escolhidos tiveram que fornecer informações sobre os equipamentos que utilizam, seguindo orientações da EAQ (Entidade Aferidora da Qualidade), órgão criado especialmente para esse trabalho. Para execução das medições, eles não irão receber qualquer remuneração, nem terão custo algum: os medidores serão instalados pela própria Anatel. O medidor - tecnicamente conhecido como white box - funciona conectado ao modem ou ao roteador, e não interfere no funcionamento da rede residencial do voluntário.
Esta é a primeira vez que uma agência reguladora promove esse tipo de verificação, na casa dos usuários. O projeto não foi bem recebido pelas operadoras. O Sinditelebrasil, sindicato que representa as prestadoras de serviço, havia solicitado que as medições fossem feitas dentro das próprias operadoras, mas a Anatel rejeitou o pedido. "Todos os países que fazem esse tipo de medição utilizam esse critério, que é o mais próximo da realidade do usuário e não sofre qualquer manipulação", diz Rodrigo Zerbone, conselheiro da Agência.
Fonte: Convergência Digital - Revista Home Theater

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