Grande parte dos televisores vendidos atualmente possui resolução Full HD (1920x1080), o que faz com que os consumidores escolham novos modelos considerando outros fatores, como recursos extras e, em muitos casos, o tamanho da tela. Nesta análise você vai conhecer o modelo da Philips série 6000 de 55 polegadas, uma gigantona voltada para ambientes maiores com um design agradável e bordas bastante finas.
Ao contrário do modelo série 7000 que testamos aqui no Canaltech há algum tempo, a série 6000 não é um modelo que traz a tecnologia Ambilight, recurso bastante propagandeado pela Philips e principal diferencial em relação aos concorrentes. Isso não a torna ruim, mas considerando o foco dado ao Ambilight pela empresa, é no mínimo estranho que a série 6000 não venha equipada com a tecnologia por pertencer a uma série inferior.
Ainda assim, o acabamento do modelo aparenta ser de melhor qualidade do que a TV da série 7000, com a área de imagem ocupando quase toda a parte frontal. O conjunto tem apenas 1,24 centímetro de espessura e a construção segue o padrão da Philips, bastando 4 parafusos para montar a base e o suporte à tela (a chave hexagonal está incluída na embalagem).
Um ponto que martelamos bastante no último review dos televisores Philips foi a baixa velocidade do sistema operacional da TV. Nesta série 6000 essa lerdeza chega a ser insuportável, nos fazendo ter preguiça até de mudar de canal para não ter que esperar a operação. O mesmo acontece quando mudamos de uma porta HDMI para outra ou acessamos algum aplicativo na loja da Philips. Mas, de novo, este é um problema comum a quase todas as smart TVs atuais, e não só da Philips. Parece que as fabricantes estão muito preocupadas em criar diferenciais para suas telas, mas esquecem que o "cérebro" da máquina precisa acompanhar essa evolução.
Essa demora para realizar qualquer operação é algo que simplesmente arruina a experiência de sentar no sofá e assisir televisão, momento que geralmente utilizamos para relaxar, e não para ter espasmos de indignação com o atraso para simplesmente mudar de canal. Esse é um ponto que a Philips ainda tem muito o que melhorar, sendo decisivo para os usuários que estão dispostos a comprar uma televisão um pouco mais cara.
Ficha técnica:
- Tela de 55 polegadas retroiluminada por LEDs e suporte 3D
- Frequência máxima: 240 Hz
- Contraste dinâmico: 500.000:1
- Brilho máximo: 400 cd/m²
- Conexões: 4 saídas HDMI, um vídeo-componente (YPbPr), uma conexão AV, 3 portas USB (uma delas é utilizada para o adaptador de rede sem fio incluso na embalagem, o que é uma vantagem - outras fabricantes exigem a compra de dispositivo próprio, em separado)
- Áudio: 20 watts de potência com Virtual Surround e nivelador automático de volume
- Óculos 3D: 4 (passivos)
Nosso primeiro teste foi rodar um filme em Full HD no formato MKV codificado em x264 e áudio DTS 5.1 (AAC), plugando um HD externo diretamente na porta USB. Com exceção do tempo que a televisão demorou para reconhecer e iniciar o filme, tudo ocorreu sem problemas. A fidelidade sonora tem graves menos pronunciados em comparação com o modelo série 7000 que testamos, mas ainda assim se destaca. Ele é capaz de proporcionar um bom nível de fidelidade sonora sem precisar de um sistema de som externo.
Um detalhe estranho foi a atribuição do nosso HD de testes como "DVD Player" para o HDMI lateral, e não conseguimos restaurar no nome original da porta, lembrando que o mesmo ocorreu no modelo série 7000. A boa notícia para quem costuma assistir filmes do computador na televisão é o suporte a vários formatos de vídeos, que segue o padrão do modelo série 7000: MKV, AVI, MP4 com codificações H264/MPEG-4 AVC, MPEG-1, MPEG-2, MPEG-4, WMV9/VC1.
Os codecs de áudio também possuem um bom suporte, e formatos como o MP3, AAC e WMA são reproduzidos com todos os canais de áudio. A TV também exibe imagens em JPEG para aqueles que encontrarem utilidade nesta função.
Conectamos a Philips série 6000 em nossa rede wireless (um trabalho bastante demorado tanto para digitar a senha quanto pela própria velocidade da televisão) e rodamos alguns vídeos do Youtube e filmes do Netflix (nos aplicativos que já estão pré-instalados). Neste teste obtivemos excelentes resultados, com uma bufferização do streaming bastante satisfatória mesmo em filmes de alta resolução, com vários perfis de som (filmes, música, graves mais pronunciados) funcionando mesmo em vídeos da internet.
A tecnologia LED presente no aparelho proporcionou uma qualidade de imagem acima da média. Embora a ausência do Ambilight seja um ponto negativo (já que é uma tecnologia proprietária da Philips), os filmes ficam impecáveis. Naturalmente, isso não pode ser observado em canais abertos de televisão, apenas com conteúdo digital em 720p ou 1080p. Quem costuma assistir filmes em Blu-Ray ainda se beneficia do upscaling até 240 Hz da televisão, capaz de proporcionar uma fluidez dos movimentos muito maior.
Em geral — e o que é uma característica de todas as Smart TVs —, a loja de aplicativos da Philips série 6000 deixa a desejar com uma oferta bastante reduzida de apps. O repertório fica basicamente restrito a alguns apps sociais, como Facebook e Twitter, alguns leitores de notícias e uma loja de filmes. O Netflix e o Youtube ajudam a melhorar um pouco a qualidade do que está disponível.
Com 55 polegadas, o modelo que testamos pode ser considerado "grande" mesmo para os padrões atuais, sendo consideravelmente maior do que um modelo de 47 polegadas. Esse é um ponto que os usuários devem prestar atenção antes de comprá-la, pois salas muitos pequenas podem não ser suficientes para acomodar uma televisão desse tamanho. Como uma dica simples, recomendamos um espaço de 2 ou até 2,5 metros entre o sofá e a televisão para se ter uma boa experiência.
Conclusão
Disponível no Brasil por aproximadamente R$ 3899, a televisão Philips série 6000 atrai pelo design acima da média mesmo para um modelo de 55 polegadas. O recurso extra e exclusivo mais propagandeado pela Philips, que é o Ambilight, não está presente, o que coloca o modelo em pé de igualdade com todas as outras marcas.
A qualidade da tela é um ponto de destaque, mas a lerdeza para qualquer tipo de tarefas é um ponto que fará com que muitos usuários desistam de comprar esse modelo. De nada adianta ter uma qualidade impecável de imagem se qualquer mudança de canal ou na configuração sofre grandes atrasos, diminuindo a experiência de uso.
Vantagens
- Excelente qualidade de imagem
- Design bastante fino e bem acabado
- Fácil instalação
- WiFi incluso
Desvantagens
- A combinação de um sistema operacional pesado com um processador lento estragam a experiência de uso
- Atribuição de portas HDMI bastante confusa
- Loja de aplicativos deficiente e ausência do Ambilght diminuem a relação custo-benefício
Fonte : Canaltech
Por Pedro Cipoli
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