Anatel investiga operadoras contra espionagem de clientes

O conselheiro da Anatel, Jarbas Valente, afirmou durante audiência púbica na Câmara dos Deputados, na semana passada, que a Agência stá investigando se houve falhas na operação das empresas de telecomunicações ou violação nas comunicações de cidadãos brasileiros. Segundo ele, doze empresas de banda larga, telefonia móvel e fixa e TV por assinatura estão sendo investigadas há cerca de três semanas. "Até agora, não encontramos nenhum indício de vazamento de informação, mas já constatamos que será necessário ampliar o número de empresas a serem fiscalizadas", destacou. 
Valente não identificou quais as empresas estão sendo investigadas, mas revelou que a Agência controla 99% do tráfego de dados internacional no País. Entre os pontos avaliados estão o nível de segurança, o controle de acesso a informações e a proteção dos registros, além dos contratos de interconexão com empresas estrangeiras. O foco é avaliar se há brecha para quebra de sigilo nestes documentos.
Durante a sua apresentação, o conselheiro detalhou que o trabalho se dá em três esferas: política de controle de acesso às informações, tipo de controle de acesso (físico e remoto), o que engloba nível se segurança, processos e relação com as empresas terceirizadas. A agência avalia ainda aspectos relacionados à segurança, como backups e locais onde estão instaladas as infraestruturas dos data centers das empresas. O conselheiro da Anatel admitiu que há vulnerabilidades. "Precisamos mudar a estrutura, que não é suficiente para detectar mecanismos como os backdoors, que facilitam acesso aos dados que trafegam nas redes", disse Valente.
Já o diretor do sindicato nacional das operadoras (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, que também participou do debate, garantiu que nenhuma operadora de telecomunicações fornece informação sobre os seus clientes ou facilita a quebra de sigilo, exceto por determinação judicial.
FONTE: Tela Viva - Revista Home Theater

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