Globo diz que transmissões em 4K ainda estão longe



Embora seja a emissora brasileira que mais investe na tecnologia 4K, a Rede Globo tem consciência de que ainda será longo o caminho até iniciar as transmissões de TV aberta com essa resolução de imagem.
 
A empresa está ampliando os investimentos em equipamentos de captação e pós-produção em 4K, mas acha que ainda falta definir o melhor modelo de negócio para levar essa qualidade de imagem ao público em geral.
 
"A realidade é implacável: a tecnologia evolui numa velocidade que nem sempre os negócios conseguem acompanhar", resume Raymundo Barros, que recentemente assumiu o comando das áreas de engenharia e novas tecnologias na Globo. "O maior desafio hoje não é produzir conteúdos em 4K, mas descobrir como financiar os altíssimos custos de distribuição. Achamos que isso ainda deve demorar alguns anos", acrescenta Barros.
 
Em setembro, a Globo estreia Dupla Identidade (foto), sua primeira série totalmente produzida em Ultra-HD. Ao mesmo tempo, está aumentando o número de câmeras desse tipo (atualmente, já são 50 em operação para a produção de novelas e minisséries). "Há ainda um grande investimento em equipamentos de pós-produção. Além disso, conteúdos em UHD consomem quatro vezes mais espaço, exigindo enorme esforço no sistemas de armazenamento", diz Barros.
 
Segundo o executivo, grande parte das cenas que são levadas ao ar hoje já é produzida com câmeras 4K, especialmente aquelas que utilizam efeitos visuais e/ou computação gráfica. "Temos feito estudos com essa tecnologia há anos, inclusive em grandes eventos como Carnaval e Copa do Mundo, e esse trabalho serve inclusive de referência para outras emissoras. Mas sabemos que, como os próprios japoneses já perceberam, o 4K deve chegar primeiro através da TV paga. Para TV aberta, ainda há muito o que discutir".

Fonte: Revista HOME THEATER & CASA DIGITAL

Comentários